quarta-feira, 2 de março de 2011

78. António Maria


"A SORTE TRAIÇOEIRA"
Acrílico s/ tela
2010/11
88 X 139,5 cm
"NO CAPOTE COM POMBA"
Acrílico s/ tela
2009
90x90 cm
"NA SAÍDA DO CAPOTE"
2009
Acrílico s/ tela
89.5 X 130.5 cm
"A SORTE DE CAPOTE"
2010/11
Acrílico s/ tela
70 X 100 cm

Natural de Vila Viçosa – 1946


“A grandiosidade das pessoas pode também ser sinónima de pequenez...”.
Pintar e desenhar é para mim aquilo a que chamo de libertação do pequeno e do grande.
É realmente a sensação de viver num mundo enorme cheio de coisas belas, mas ao mesmo tempo tão pequeno, ínfimo mesmo, “perdido” no desmesurado e grandioso Universo.
O meu auto didactismo nestas coisas da expressão plástica faz-me sentir tão liberto desse pequeno tão grande ou desse grande tão pequeno...

António Maria


O calor de África, as cores do Alentejo, a tristeza do ser que somos todos nós, o querer sair do casulo da existência apesar de condicionado pelos traços rectos das pressões de toda a ordem, são estas, entre outras, as emoções que vivo quando desde a primeira vez contemplei a obra do meu querido amigo António Maria.
Que continue a emocionar-se com as suas telas, no mundo que treme de frio por falta do calor dos Homens.
                                                                                     Carlos Pina 2003


Exposições individuais e colectivas

1997    Ericeira                                                                  

Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva
Batalha
            Artes 97 - Expo Salão
1998    Sobral de Monte Agraço
            Galeria Municipal de Exposições
Torres Vedras
            Encontr’ Arte 3
Ericeira
            Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva
Torres Vedras
            Espaço Auto – Carruço
            Figueira da Foz
            27º Festival Internacional de Cinema
2000    Torres Vedras
Fábrica das Artes “ 750 anos do Foral de Torres Vedras “ (colectiva)
2001      Torres Vedras
Fábrica das Artes) “ Jesus Cristo “ (colectiva)
2002      Torres Vedras
            Fábrica das Artes “ Percursos no Feminino “
2003      Torres Vedras
Rotary Club de Torres Vedras
Lisboa
Espaço Picoas Plaza
Lisboa
            Clube Nacional de Artistas Plásticos (colectiva)
2004    Sobral de Monte Agraço
      Galeria Municipal
2005    Lisboa
            CNAP – Patriarcal - EPAL
            Cartaxo
            40 anos da Banda “ Os Charruas “
2006    Torres Vedras
            Estado das Artes
2007      Lisboa
Galeria Hibiscus – Sede da Caixa Agrícola
Paço  d'Arcos
Galeria Hibiscus – Espaço Brilho & Centelha
2008      Lisboa
            Espaço C. Santos
Sobral de Monte Agraço
Galeria Municipal
            Ericeira
            Junta Turismo
2009    Porto
            Galeria 74
2010       Aveiro
            Galeria da Perdigosa (retroprespectiva)
            Vila Franca de Xira

 

Obras em espaço público                        

Biblioteca Municipal do Sobral do Monte Agraço
História do Sobral – Painel em madeira (2.80m x 0.80m)
Escola Secundária de Madeira Torres

Viagem de Memórias – painel em madeira (políptico) – (3.60m x 0.90m)

O professor e os meninos do colégio interno (díptico) – (1.00m x 0.80m)
Câmara Municipal de Torres Vedras
As Termas dos Cucos – serigrafia
Câmara Municipal do Sobral
O  Vinho a Vinha e seus Elementos

Várias obras em colecções particulares
Torres Vedras 2010


ANTÓNIO MARIA – 2010 – AVEIRO

Ao contemplar este conjunto de trabalhos do artista António Maria, ficamos um pouco perplexos pela enorme variedade de temas, de formatos, de diferentes técnicas e soluções plásticas utilizadas, de pequenas e grandes telas, de cores quentes e agitadas.
Em simultâneo, existe uma unidade conjuntural em todo este percurso artístico que este artista nos apresenta. Há uma enorme inquietação social, uma denúncia às agressões ambientais que o provocam, um apontar de dedo a todas as injustiças que vitimizam a mãe natureza.
Encontramos mensagens precisas, plasmadas nos seus quadros, de procura de ajuda para protecção ao ecossistema marítimo e terrestre do nosso planeta.
Nos grandes planos, a estratégia de cor na composição dos quadros, é um saber que muito nos agrada, sendo que alicerça e estrutura toda a dinâmica das manchas cromáticas. As cores quentes povoam toda a sua obra.
Elementos icónicos utilizados pelo artista em alguns trabalhos, sugerem-nos uma tendência “pop”.
São elementos banais que foram esquecidos ou desprezados e novamente aproveitados para uma nova esfera artística. António Maria, eleva à categoria de expressão plástica as imagens já muito vistas, dando-lhe um cunho de pintura segura e exaltante.
A sua inquietação, é uma permanente busca de novos temas – é o poeta no circo, são mulheres com faces dramáticas em diálogos surdos, são pontos escolares de desenho, são búzios, conchas e cavalos marinhos, poetas e folclores, encruzilhadas de formas com mudanças de espaços permanentes, o pequeno quadro em diálogo com o grande formato.
António Maria é um artista de inegável disciplina gráfica, com excelente rigor nos desenhos recortados em cores lisas. A sua pintura é um misto de pureza nos seus azuis celestes e rosas violáceos, nas suas recordações de infância, no céu e na terra que o viu nascer e crescer.
A arte deve cumprir o seu dever! Fazer conhecer a todos, o poder da beleza e a sua influência criadora sobre a civilização.
O artista deve amar o seu trabalho.
Hoje connosco, temos o amigo António Maria um exemplo da persistência criadora, ao serviço da cultura e do povo.
Em meu nome pessoal e do Aveiro Arte uma saudação muito especial desta direcção e de todos aqueles sócios e amigos que constituem esta família de artistas.
Hélder Bandarra
Presidente do Aveiro Arte

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